A Academia Portuguesa de Cinema candidatou filmes de Margarida Cardoso, Rodrigo Areias, Miguel Gomes e Rui Pedro Sousa.

Liliana Teixeira Lopes

A Academia Portuguesa de Cinema candidatou filmes de Margarida Cardoso, Rodrigo Areias, Miguel Gomes e Rui Pedro Sousa a uma nomeação para o prémio de Melhor Filme Ibero-Americano em quatro festivais ibero-americanos na Venezuela, Colômbia, Argentina e Chile.

Em comunicado, a Academia Portuguesa de Cinema revelou que submeteu o filme “O pior homem de Londres”, de Rodrigo Areias, aos prémios Soto, atribuídos pela Academia de Cinema da Venezuela e cuja cerimónia está marcada para 12 de agosto.

“O pior homem de Londres” é um filme de época ambientado no século XIX, que “explora os meandros da diplomacia e do colonialismo”, protagonizado por Albano Jerónimo.

O filme “Banzo”, de Margarida Cardoso, foi selecionado para concorrer aos Prémios Macondo, da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Colômbia, agendados para 2 de novembro.

“Banzo” é uma ficção passada no começo do século XX algures numa ilha tropical africana, e retrata a relação violenta entre colonos portugueses e negros em trabalho escravo.

O filme “Grand Tour”, de Miguel Gomes, é candidato a uma nomeação nos Prémios SUR, atribuídos pela Academia de Cinema da Argentina, cuja data de atribuição não foi ainda anunciada.

Gonçalo Waddington interpreta Edward, um funcionário público do império britânico que, em 1918, embarca numa viagem solitária pela Ásia, depois de ter fugido da noiva, Molly (Crista Alfaiate), no dia em que ela chega para o casamento.

Para os Prémios Lihuén, atribuídos pela Academia de Cinema do Chile, Portugal candidata o filme “Revolução (sem) sangue”, de Rui Pedro Sousa, inspirado em factos reais. Não há ainda data de anúncio da cerimónia.

O filme cruza as histórias de quem morreu nos acontecimentos de 25 de Abril de 1974, no âmbito do ataque da polícia política da ditadura do Estado Novo, a PIDE, a manifestantes.

Para a Academia, estas quatro escolhas distintas para prémios ibero-americanos “confirmam a vitalidade do cinema português contemporâneo e o seu impacto crescente no espaço ibero-americano”.