A estreia de uma ópera encenada pelo cantor Dino D’Santiago e de uma instalação teatral do artista visual Kiluanji Kia Henda estão entre os destaques da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas 2025, que acontece em a partir de amanhã e até 26 de outubro, em Lisboa e Madrid.
Sob o tema “Camino Irreal”, com curadoria do programador John Romão, a BoCA “estabelece um novo eixo ibérico de criação e apresentação artística, reunindo projetos transdisciplinares que cruzam as artes performativas e visuais, a música e o cinema”, lê-se no texto de apresentação da programação.
Um dos destaques desta edição é a “estreia absoluta” da ópera “Adilson”, encenada por Dino D’Santiago com libreto de Rui Catalão, “sobre a luta de milhares de pessoas pela cidadania e o direito a serem reconhecidas no país onde vivem”.
“Pemba”, uma criação de palco e uma instalação em grande escala “sobre os fluxos migratórios e a persistência da memória”, de Kiluanji Kia Henda, é outra das “estreias absolutas” da BoCA 2025.

Entre os destaques da programação está também a vigília performativa “O Julgamento de Pelicot”, do encenador suíço Milo Rau, com a atriz Servane Dècle, apresentada este mês no Festival d’Avignon, “construída a partir do caso real de violência sexual que chocou França e o mundo, onde a justiça é interrogada no espaço da arte”.
A 5ª edição da BoCA acontece em “equipamentos culturais de referência” de Lisboa e Madrid. Entre os que acolhem a bienal em Lisboa estão o Centro Cultural de Belém, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), a Culturgest, o Teatro do Bairro Alto, a Estufa Fria, as Carpintarias de São Lázaro, o Panteão Nacional e a Cinemateca Portuguesa.
Em Madrid, a BoCA acontece em instituições como o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia, o Theatro de La Abadia, o Museu Nacional do Traje e a Filmoteca Espanhola.
https://bocabienal.org/biennials/biennial25
Liliana Teixeira Lopes