O celebrado músico D’Angelo, cujos álbuns definiram a neo soul, morreu aos 51 anos, depois de ter lutado contra um cancro no pâncreas, informaram a família e vários meios de comunicação norte-americanos na terça-feira.
D’Angelo foi um aclamado cantor de R&B e recebeu elogios por vários álbuns, como o da estreia “Brown Sugar”, de 1995, nomeado para os Grammys, e “Voodoo”, lançado em 2000, com o qual ganhou duas estatuetas dos “Óscares da música”. Mais duas foram para “Black Messiah”, de 2016.
“Uma perda muito triste com a morte de D’Angelo. Vivemos tantos momentos maravilhosos. Vamos sentir muito a tua falta. Dorme em paz, D’Amo-te, REI”, escreveu DJ Premier na rede social X (antigo Twitter) em homenagem. D’Angelo e DJ Premier colaboraram no single “Devil’s Pie”, de 1998.
A morte do músico foi noticiada pela revista People e pelo TMZ, entre outros.
A Pitchfork creditou D’Angelo por ajudar a “definir o movimento neo soul”.
Nascido no estado da Virgínia, D’Angelo manteve-se afastado das luzes da ribalta, aparecendo apenas periodicamente para lançar música, muita da qual era bem recebida por fãs e críticos.
Em 2016, chegou mesma a surgir numa playlist partilhada pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama, ao lado de outros grandes nomes da música, como Janelle Monae ou Gary Clark Jr..
Como acima descrito, estreou-se em 1995 com o álbum “Brown Sugar”, ao qual sucedeu, cinco anos depois, “Voodoo”, tendo, de seguida, passado muito tempo afastado da ribalta. “Black Messiah”, o terceiro e último disco, chegaria em 2014 e seria assinado com o coletivo The Vanguard.
Ao longo do seu percurso, colaborou com nomes como Jay-Z ou Snoop Dogg.
No ano passado, o produtor Raphael Saadiq, com quem D’Angelo trabalhou, disse à “Rolling Stone” que o músico estaria envolvido num novo álbum.
A morte de D’Angelo está a suscitar uma onda de homenagens por parte de músicos como Beyoncé, Nile Rodgers, Flea (Red Hot Chili Peppers), Tyler, The Creator, Lauryn Hill ou, em Portugal, Dino D’Santiago.
Fonte: SAPO/SIC/Blitz
Liliana Teixeira Lopes