Liliana Teixeira Lopes
No próximo mês de outubro a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, em colaboração com a Festa do Cinema Francês, programa o ciclo “Alain Delon, a virtude do silêncio”, uma retrospetiva que pretende homenagear um dos ícones máximos do cinema francês e europeu dos anos 1960, que marcou várias gerações de cinéfilos e que morreu no ano passado.
Este conjunto de sessões percorre as várias facetas do ator que primeiro encarnou a enigmática personagem de Tom Ripley, o mestre do disfarce, no filme “À Luz do Sol” (1960), de René Clément, num percurso que passa pelo encontro com grandes mestres do cinema mundial: “O Eclipse”, de Michelangelo Antonioni (1962); “A Primeira Noite de Tranquilidade”, de Valerio Zurlini (1972); “Nouvelle Vague”, de Jean-Luc Godard (1990); “Mr. Klein – Um Homem na Sombra”, de Joseph Losey (1976); “O Samurai” (1967) e “Pour la peau d’un flic” (1981), ambos de Jean-Pierre Melville; e “Rocco e os Seus Irmãos” (1960) e “O Leopardo” (1963), os dois de Luchino Visconti.
Da retrospetiva “Alain Delon, a virtude do silêncio”, fazem ainda parte filmes como “Terei o Direito de Matar?” (1964) de Alain Cavalier, “Girl in the Motorcycle” (1968) filme realizado por Jack Cardiff que o juntou a Marianne Faithfull no grande ecrã, “A Piscina” (1968) de Jacques Deray que reuniu Delon e Romy Schneider, antigos amantes, o que na época gerou enorme curiosidade mediática, ou o sucesso de bilheteira “Borsalino”, também realizado por Deray, sobre as aventuras de dois gangsters, interpretados por Delon e Jean-Paul Belmondo.
Há que dizer ainda que a 26ª Festa do Cinema Francês realiza-se várias cidades portuguesas, com programação em Lisboa (2 a 31 de outubro), Porto (1 a 30 de outubro), Coimbra (8 a 11 de outubro), Lagos (13 a 17 de outubro), Almada (14 a 18 de outubro), Beja (11 e 12 de novembro) e Setúbal (27 a 30 de novembro).