O Festival Internacional de Cinema decorre até ao dia 11.

O IndieLisboa começa amanhã, quinta-feira, dia 1 de maio, com mais uma edição “que tenta responder ao contemporâneo”. Um festival de cinema que tenta também “reinventar formas de trazer o público às salas” é como a programadora Susana Rodrigues descreve à agência Lusa o IndieLisboa, nas vésperas de começar a 22ª edição.

O Festival Internacional de Cinema IndieLisboa decorre até ao dia 11 em várias salas da capital, com quase 240 filmes, uma generosa presença de cinema português e um foco na vertente profissional.

A abertura acontece no cinema São Jorge com a comédia do absurdo “Une Langue Universelle”, do realizador canadiano Matthew Rankin, que imagina um Canadá onde todos falam persa. O filme foi escolhido pelo Canadá para a corrida aos Óscares.

O fecho do festival será com “Caught by the tides”, do realizador chinês Jia Zhang-ke, sobre uma bailarina e um duvidoso produtor de música, tendo uma China como pano de fundo ao longo de duas décadas.

Entre estes dois filmes há dezenas de propostas, repartidas por secções competitivas, como as competições nacional, internacional e Novíssimos, e retrospetivas, nomeadamente a que é dedicada à realizadora búlgara Binka Jeliaskova.

O IndieLisboa aponta ainda o foco ao artista britânico Charlie Shackleton, que vai estar em Lisboa para apresentar os seus filmes, incluindo “Paint Drying”, obra experimental e de protesto contra a entidade britânica que atribui e cobra pela classificação de filmes.

Destaque ainda para a presença do realizador chinês Wang Bing, a propósito da exibição da trilogia “Youth” e de uma sessão de conversa com o público.

Haverá ainda cinema para ver dentro da piscina municipal da Penha de França e a maratona de madrugada “Boca do Inferno”.

A competição nacional apresenta dez longas-metragens, um número inédito no festival, e 16 curtas-metragens, além de existir uma presença maior de filmes portugueses no conjunto da programação. Alguns dos filmes estão em estreia nacional depois de terem passado pelo circuito de festivais estrangeiros, e outros em primeira exibição.

Em estreia mundial estarão “A vida luminosa”, primeira longa-metragem de ficção de João Rosas, ou as curtas-metragens “Um dia, depois outro”, de Catarina Romano, e “Antígona ou a história de Sara Benoliel”, de Francisca Mira Godinho.

A eles juntam-se o já premiado “Hanami”, da luso-cabo-verdiana Denise Fernandes, “Duas vezes João Liberada”, de Paula Tomás Marques, ou “Pai Nosso – Os últimos dias de Salazar”, de José Filipe Costa.

Já aqui tinha falado do IndieMusic e de filmes como “Filhos do Meio – Hip Hop à Margem”, um documentário assinado por Luís Almeida, ou de “Sly Lives! (aka The Burden of Black Genius)”, de Questlove, entre outros.

https://indielisboa.com/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes