Com a época de festivais de verão prestes a começar aqui no hemisfério norte, um painel da International Music Summit relembrou o impacto ambiental que o sector tem, recuperando o relatório “The Show Must Go On”. Publicado em 2015, revelava que, anualmente, os festivais britânicos produziam 23 500 toneladas de lixo, sendo que os festivaleiros consumiam 10 milhões de garrafas de plástico também neste contexto. Além disso, os festivais de música eram responsáveis pelo consumo de 5 milhões de litros de combustível, emitindo 20 mil toneladas  de dióxido de carbono para atmosfera.

Nos últimos anos, contudo, pelo menos parte da indústria tem tentado mitigar o impacto nocivo dos festivais no ambiente. Em Maio, por exemplo, mais de 60 festivais de música independentes no Reino Unido uniram esforços contra as tendas descartáveis. No ano passado, a mesma Association of Independent Music Festivals já se tinha unido na assinatura do compromisso “Drastic on Plastic”, que proibiu a utilização de purpurina à base de plásticos nestes eventos.

Em Portugal, o programa “Sê-lo Verde” tem trabalhado ao lado de eventos de média e grande dimensão, incentivando a sua sustentabilidade e promovendo medidas como a utilização de fontes de energia renováveis ou a reutilização de materiais, e dinamizando o Fundo Ambiental, como meio de apoio aos eventos que primem pela salvaguarda do ambiente.

Segundo reporta a Decoded Magazine, o painel da International Music Summit salientou, ainda, que tem havido alguns progressos neste sentido e fez notar que, no caso da música electrónica, são cada vez mais os artistas com riders de hospitalidade em que exigem uma política de camarins sem plástico.

João Barros