Várias iniciativas assinalam o aniversário em Portalegre e Vila do Conde.

Exposições, palestras, reedições de livros e concertos marca a evocação dos 50 anos da morte do poeta José Régio, em Vila do Conde (Porto) e Portalegre, até 2020.

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, foi professor e escritor, tendo nascido em Vila do Conde a 17 de setembro de 1901 e falecido na mesma cidade a 22 de dezembro de 1969.

Licenciado em filologia românica, em Coimbra, José Régio foi professor no Liceu de Portalegre durante mais de 30 anos.

Além de algumas iniciativas que já decorreram no início deste ano na cidade alentejana de Portalegre, as evocações dos 50 anos da morte de José Régio, autor de “Toada de Portalegre”, prosseguem este mês.

Para o dia 23 deste mês (Dia Mundial do Livro), está prevista uma “maratona de leitura”, subordinada ao tema “Régio na rua – História de mulheres”, por iniciativa da Biblioteca Municipal de Portalegre.

“José Régio cidadão interveniente” é o tema da conferência marcada para o dia 26 deste mês, na casa-museu do poeta, seguindo-se um debate com a participação de jovens políticos da cidade alentejana, que se vão debruçar sobre se, na atualidade, José Régio seria ou não um cidadão interveniente.

No dia 30, o Centro de Artes e do Espetáculo de Portalegre exibe o filme “Maria Papoila”, de Leitão de Barros…

José Régio foi professor no então liceu de Portalegre, cidade que preserva a sua casa como museu, incluindo coleções de escultura, pintura, faiança, mobiliário, metais e têxteis, destacando-se a dos Cristos. A casa era uma pensão, onde Régio alugou um quarto, mas, ao longo dos 34 anos em que viveu na cidade, foi adquirindo outros quartos, até ficar com a casa por completo.

Em 1965, Régio vendeu a sua coleção ao município com a condição de este adquirir, restaurar e transformar a casa em museu, ficando o autor com o usufruto até à sua morte. A casa-museu abriu portas a 23 de maio de 1971.

Além da poesia, o autor escreveu teatro, ensaio e ficção.

Fonte: Lusa.