Colocaram-se questões sobre a venda de EPs e singles de vinil, é cada vez mais difícil produzir e comprar discos , os objectos estão a ficar tão caros que se fala na possibilidade  de testemunhar o fim deste fenómeno. 

É verdade que os 12 polegadas são a pedra filosofal da cultura da dance music desde sempre, mas com esta inflação não se sabe o futuro do vinil.

Com raízes na cena disco do início dos anos 70, os EPs e single resistiram a décadas de avanço tecnológico, agora, com os custos de produção que não param de aumentar e os atrasos nas fábricas, será a sentença de morte para esta relíquia cultural icônica?

De acordo com o DJ e produtor de Bristol, Oscar Henson, AKA Facta, sim, ele acredita que este objecto deixou de ser ​​financeiramente viável e acrescenta que  a maioria das editoras independentes de dance music vai deixar de fazer EPs e Singles até o final do ano e só lançará LPs.

O cofundador da Wisdom Teeth disse que o principal motivo é que o preço está a ficar insuportavelmente alto, dando exemplos dos valores antes e pós pandemia, que quase duplicaram, acrescenta que já vê também um abrandamento nas vendas .

A colega DJ Danielle, de Bristol, disse ao RA que fazer vinil  definitivamente não é algo que se faz para ganhar dinheiro, porque as margens são apertadas, mesmo usando acordos de P&D (prensagem e distribuição) – onde os distribuidores cobrem parte dos custos de fabricação em troca de uma porcentagem das vendas de discos 

As lojas de discos também estão a sentir este aperto, especialmente fora da UE e da América do Norte. 

A combinação de questões alfandegárias imprevisíveis e custos de expedição muito mais altos torna muito difícil a continuidade destes negócios.