Os próximos dois anos estão a concentrar um número gigantesco de potencias estreias de “blockbusters”.

Liliana Teixeira Lopes

Agenda para 2021 e 2022 está saturada depois dos adiamentos de vários filmes deste ano por causa da pandemia e ainda é preciso contar com outras sequelas e animações.

Com os sucessivos adiamentos de filmes e a decisão da Disney de passar a animação da Pixar “Soul – Uma Aventura com Alma” dos cinemas para o streaming, a única grande produção com potencial para arrecadar muitos milhões nas bilheteiras ainda prevista para chegar aos cinemas este ano é “Mulher-Maravilha 1984”, a 25 de dezembro.

Ao filme de super-heróis liderada por Gal Gadot juntam-se, com menos expectativas, a animação “Os Croods – Uma Nova Era” (3 de dezembro em Portugal), a comédia “Free Guy” com Ryan Reynolds, e o regresso de Kenneth Branagh como o famoso detetive Poirot e um grande elenco de estrelas em “Morte no Nilo” (18 de dezembro).

Mas as datas estão longe de estar seguras, uma vez que a pandemia não dá sinais de diminuir nos EUA (ainda não reabriram os cinemas de Los Angeles, Nova Iorque e São Francisco, que constituem 25% das bilheteiras) e os casos de infeções estão a aumentar por todo o mundo. Aliás, ninguém me garante, que neste preciso momento as datas que estou a avançar poderão já ter sido alteradas (isto só para se ver a velocidade a que tudo está a mudar).

No meio da incerteza, há uma constatação: os adiamentos congestionaram a agenda de Hollywood para 2021 e 2022, onde estavam filmes que já estão prontos ou em diferentes fases de pós-produção e outros que retomaram recentemente as rodagens após a paragem forçada em março.

A situação destaca-se nos filmes de super-heróis, o género mais lucrativo nas bilheteiras.

Entre Marvel, DC Films e Sony, e com datas nos EUA, a lista arranca com “Morbius” (19 de março de 2021) e seguem-se “Viúva Negra” (7 de maio), “Venom: Let There Be Carnage” (25 de junho), e segue por aí fora, com uma quantidade de filmes, potenciais “block busters” cujas estreias em sala têm sido reagendadas sucessivamente.

A Variety nota que esta agenda de Hollywood deve voltar a ser afetada pela pandemia, com as grandes produções vulneráveis a atrasos e paragens nas rodagens (como aconteceu com “The Batman”, após o teste positivo de Robert Pattinson à COVID-19) e os estúdios de efeitos especiais pressionados pela quantidade de projetos para completar num período de tempo tão concentrado.