A Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos não compreende, nesta altura, as restrições de lotação e a obrigatoriedade de lugares sentados para a cultura.

A APEFE – Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos defendeu o fim da obrigatoriedade de lugares sentados em espetáculos culturais, com o alargamento da lotação dos recintos para 75% anunciado pelo Governo.

O Governo decidiu que os espetáculos culturais vão passar a poder ter uma lotação de 75% nos recintos onde se realizam, quando até aqui era 66%.

A medida entra hoje em vigor, antecipando-se a segunda fase do plano de desconfinamento, uma vez que já foi atingida a meta de vacinação de 70% da população.

Segundo o Governo, mantém-se a limitação horária até às 2h00 em todo o território e a exigência de certificado de vacinação ou teste negativo à covid-19 em eventos culturais com mais de mil pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em recinto fechado).

Para promotor Álvaro Covões, da direção da APEFE, em declarações à agência Lusa, não faz sentido que os promotores continuem obrigados a realizar espetáculos para plateia sentada.

“As salas têm uma lotação legal, licenciada, com plateia em pé e com plateia sentada”, disse o promotor, considerando que a decisão que hoje entra em vigor só fará diferença para o setor se “a Direção-Geral da Saúde (DGS) cumprir o que o Governo determinou”.

A 5 de agosto, dias depois de ter sido autorizada a subida da lotação dos eventos de 50% para 66%, a DGS atualizava a norma sobre procedimentos para a utilização de equipamentos culturais e estipula a ocupação em lugares sentados.

Há vários meses que a APEFE e outras associações do setor apelam, entre outras medidas, a um alargamento a 100% da lotação das salas de espetáculo, e sem marcação de lugar para quem tiver certificado digital ou teste antigénio negativo válido. Segundo Álvaro Covões, tem havido diálogo das associações do setor com a DGS e o Governo, mas a tutela peca pela demora nas respostas, aludindo, por exemplo, aos resultados dos eventos-piloto realizados em abril e maio e ainda não divulgados publicamente.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes