Foram cerca de duas centenas que expressaram isso mesmo numa carta aberta.

Billie Eilish, Jon Bon Jovi, Pearl Jam e outros 200 artistas ou bandas instaram, na terça-feira, em carta aberta, os criadores de Inteligência Artificial (IA) a não utilizarem esta ferramenta para “infringir e desvalorizar os direitos dos artistas humanos”.

A ARA – Artist Rights Alliance, organização sem fins lucrativos dirigida por artistas para defender os seus direitos, divulgou a carta com o apoio de nomes conhecidos do setor, para alertar sobre o uso de obras musicais sem autorização por parte de empresas de IA.

O apelo destaca duas tendências em que as músicas são utilizadas de forma ilícita: para treinar e produzir ‘imitadores’ de IA e para diluir obrigações de ‘royalties’ utilizando o som desses algoritmos.

Os criadores musicais também falam em ameaças como a clonagem de voz, já que a chegada da IA permite que uma amostra vocal seja utilizada para transformar músicas em outras que soem como um artista humano sem o ser.

Já em outubro de 2023, três grandes editoras musicais – Universal Music Publishing Group, Concord Music Group e ABKCO – processaram a empresa de IA Anthropic, alegando que ela infringia os direitos de autor das letras das músicas, conforme detalhado pelo portal The Hollywood Reporter.

Também no setor cultural, os atores de Hollywood iniciaram uma greve em julho de 2023 – que durou mais de 100 dias – para, entre outros motivos, conseguir a regulamentação no uso da IA, considerando-a uma “ameaça existencial”.

Fonte: SAPO Mag

Liliana Teixeira Lopes