Arranca hoje o 15º Festival Internacional de banda desenhada de Beja. Decorre até meados de junho.

Até 16 de junho, cerca de 600 pranchas criadas por 34 autores consagrados e novos talentos da nona arte vão poder ser apreciadas em 19 exposições, sendo 14 individuais e cinco coletivas, espalhadas por quatro espaços de Beja.

Mais de 30 autores de 10 países, como os desenhadores das séries “Michel Vaillant” e “Blake & Mortimer”, vão expor histórias em imagens no 15º Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, que começa hoje.

Este ano, o festival, organizado pela Câmara de Beja, vai mostrar obras de autores oriundos de Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Portugal, precisou Paulo Monteiro, diretor do evento, que também é autor de BD.

Segundo o responsável, a maior parte das exposições vai estar patente na Casa da Cultura, o centro do festival e onde funciona a Bedeteca de Beja, e as restantes três vão poder ser apreciadas no Centro UNESCO, no Museu Regional e na Galeria da Rua dos Infantes.

O festival também vai contar com a participação de outros autores que não vão expor, mas são convidados para iniciativas, como José Ruy, o “mestre” da BD portuguesa, e o espanhol Enrique Sánchez Abulí, autor de “Torpedo”, a obra de BD espanhola “mais traduzida e lida em todo o mundo”.

Entre os autores que vão expor no festival deste ano, de acordo com Paulo Monteiro, há “muitos representantes das novas correntes da BD mundial”, como o brasileiro Alcimar Frazão, o francês David Sala, o inglês Paul Duffield e o norte-americano Tyler Crook, que vão expor individualmente, e a dupla de espanhóis Altarriba e Kim, que têm uma obra conjunta “fantástica” e vão expor a coletiva “A Arte de Voar”.

Mas uma “boa parte” das exposições deste ano “é constituída por obras de autores portugueses”, como Luís Cruz Guerreiro, Mosi, Nuno Duarte, Pedro Serpa, Rita Alfaiate e Véte.

Das exposições individuais de autores portugueses, no ano das celebrações dos 100 anos do nascimento de Eduardo Teixeira Coelho, já falecido, Paulo Monteiro destacou a mostra de originais daquele que considerou o “mais importante autor da história da BD portuguesa”.

Das exposições individuais de autores estrangeiros, Paulo Monteiro destacou a de um “histórico da BD mundial”, o belga Dany, o autor da série “Olivier Rameau”.

Além das exposições, o festival vai incluir, nas arcadas exteriores da Casa da Cultura, o Mercado do Livro, com mais de 60 editores representados e várias lojas para venda de arte original, serigrafias e publicações, e “Tasquinhas da BD”, com comes e bebes.

O festival também vai ter uma programação com várias iniciativas, como lançamentos e apresentações de livros, revistas e projetos, sessões de autógrafos, conversas com autores, editores, jornalistas, críticos e amantes de BD e “concertos desenhados”.

A programação vai ainda incluir no sábado a entrega do Prémio Geraldes Lino 2019, criado pela Bedeteca de Beja, à autora portuguesa de BD Patrícia Guimarães, uma das 12 autoras com obras expostas na coletiva “Nódoa Negra”.

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Fonte: Lusa