A biblioteca pessoal de Herberto Helder vai ser incorporada na Rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa.

A biblioteca pessoal de Herberto Helder (1930-2015), composta por cerca de oito mil volumes, vai passar a estar disponível para consulta aos utentes da Rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa, informou em comunicado a Câmara Municipal, que assinou o acordo com a família do poeta na passada sexta-feira, Dia Mundial do Livro.

O acervo, que inclui traduções do próprio Herberto Helder, ficará localizado na Biblioteca Palácio Galveias, numa sala que terá o nome daquele que é considerado, por muitos, o maior nome da poesia portuguesa da segunda metade do século XX.

Herberto Helder, que a investigação literária e os seus pares colocam entre os maiores poetas da língua portuguesa, nasceu no Funchal, em 1930, e morreu em Cascais, aos 84 anos, em março de 2015.

Herberto Helder, que deu a última entrevista em 1968, recusou o Prémio Pessoa, em 1994 (“Não digam a ninguém e deem o prémio a outro”, disse ao júri), e editou o livro “A Morte sem Mestre”, em 2014, foi “um mestre” para outros escritores, como o poeta Nuno Júdice admitiu… Entre as obras que deixou estão “O Amor em Visita”, “Húmus”, “O Bebedor Nocturno”, “Poemacto”, “A Cabeça Entre as Mãos”, “A Faca Não Corta o Fogo – Súmula & Inédita”, “Servidões”, “Poemas Canhotos”.

Em 2016, surgiu “Letra Aberta”, livro de inéditos recolhidos nos cadernos do escritor.

Em maio do ano passado, a Porto Editora reeditou “Apresentação do Rosto”, um chamado “autorretrato romanceado” de Herberto Helder, publicado em 1968, que esteve fora das livrarias durante 52 anos.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes