A bienal quer presença do público.

O presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto, rejeitou a ideia de apresentar as programações de teatro, dança e música, previstas para setembro e outubro, apenas online, porque “estas artes vivas precisam de público”.

O responsável falava numa conferência de imprensa, via internet, para apresentar as programações dos três festivais, com a participação dos respetivos diretores, o encenador italiano Antonio Latella, para o teatro, a coreógrafa canadiana Marie Chouinard, para a dança, e o compositor Ivan Fedele, para a música.

Por causa do impacto da pandemia da COVID-19, os festivais de teatro e de dança da Bienal de Veneza, previstos para junho e julho, tiveram de ser adiados.

“O online também vai ser útil para alguns eventos colaterais dos festivais, mas a experiência presencial é muito importante nestas artes, porque é especial”, sublinhou o presidente da Bienal de Veneza, instituição italiana, com origem nas mostras internacionais de final do século XIX, que festeja 125 anos de vida.

Roberto Cicutto indicou que as programações de teatro e música mantiveram-se inalteradas, após o adiamento, mas, no caso da dança, houve algumas alterações resultantes do encerramento de fronteiras de alguns países, devido à pandemia da COVID-19.

Antonio Latella, diretor do departamento de teatro, disse, na conferência de imprensa, que esta edição do Festival de Teatro – de 14 a 24 de setembro – terá como título “Nascondi(no)” (“Hide-and-seek”, em inglês, num jogo de palavras com o sentido de escondido, oculto), e vai apresentar 28 estreias mundiais e 40 performances.

Por seu turno, o compositor Ivan Fedele, diretor do departamento de música, cujo festival está previsto para decorrer entre 25 de setembro e 4 de outubro, anunciou que o certame terá como título “Encontros”, e vai apresentar 15 peças em estreia mundial e 13 em estreia em Itália.

Quanto ao Festival de Dança, dirigido pelo quarta vez pela canadiana Marie Chouinard, previsto para decorrer de 13 a 25 de outubro, vai apresentar 23 peças de dança – sete em estreia mundial – e ‘performances’ de 19 coreógrafos.

Sob o tema “And Now” (“E agora”, em tradução livre), o festival centra-se na frase que antecede a apresentação de um artista, “quando a cortina sobe”.

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Fonte: SAPO Mag

Liliana Teixeira Lopes