Depois de na Terça Feira, a indústria musical ter parado para reflectir sobre o seu próprio papel na luta contra o racismo, as editoras e outros agentes começaram a dar seguimento às suas conclusões.

Desde logo, a nível monetário: já aqui falámos sobre a contribuição de 100 milhões de dólares pela Warner Music, no mesmo dia em que The Weeknd defendia que “ninguém lucrava mais com a música negra do que as editoras e as plataformas de streaming”.

Nas últimas 24 horas foi a vez da Universal Music que criou um “change fund”, um fundo de 25 milhões de dólares para apoiar organizações, mas também para trabalhar em vários temas: da mudança interna e institucional à programação e curadoria que dê visibilidade aos criadores negros.

Mas não é só daqui que chega o financiamento: esta Sexta Feira, o Bandcamp está uma vez mais a prescindir dos seus lucros durante um dia e a entregá-los directamente aos artistas ou às editoras. E enquanto que esta iniciativa foi pensada para combater os efeitos do coronavírus na comunidade, o facto é que muitos artistas e editoras estão eles também a prescindir dessas receitas para as entregar a associações que apoiam a luta contra o racismo ou aos organizadores destes protestos que estão a acontecer por todo o mundo, na sequência da morte de George Floyd, às mãos da polícia em Minneapolis. O Bandcamp fez uma lista (e outra) desses artistas e editoras.

João Barros