O catálogo deve contar com a elaboração de um inventário sistemático e com o registo fotográfico de toda a obra de Aurélia de Sousa em coleções públicas e particulares.

O Museu Nacional Soares dos Reis, Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova e a Universidade Católica apresentam este ano o “catálogo Raisonné” de Aurélia de Sousa, assinalando o centenário da morte da artista.

O “catálogo Raisonné” – por definição, um catálogo com listagem descritiva e anotada, imagens e documentos de contextualização da obra da pintora -, vai integrar toda a obra de Maria Aurélia Martins de Sousa, e ser publicado em formato “ebook” e em edição impressa.

“O levantamento conta já com mais de 300 obras” e tem o apoio mecenático da Fundação Millennium BCP. Na expectativa de reunir ainda mais peças da artista, o Museu Nacional Soares dos Reis está a apelar a todos os colecionadores com obras por identificar o contacto pelo email oficial do museu: geral-mnsr@mnsr.dgpc.pt .

Nascida em 13 de junho de 1866, na cidade de Valparaíso (Chile), fixou-se no Porto, aos três anos de idade, quando os pais, emigrantes portugueses na América Latina, regressaram ao país, como recorda o comunicado do Museu Nacional Soares dos Reis.

“Os motivos para as suas pinturas, além do seu próprio rosto, procurava-os no universo familiar, fonte inesgotável de inspiração: as pessoas, os recantos da casa, os aspetos do jardim, os trechos de paisagem com o rio ao fundo”, escrevem os serviços do museu.

Aurélia de Sousa morreu no Porto, em 1922, a poucos dias de completar 26 anos.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes