Arrancam esta terça-feira as comemorações para celebrar a data.

O programa é coordenado pela Câmara Municipal da Guarda e pelo Centro de Estudos Ibéricos e prolonga-se até 23 de maio de 2024 com dezenas de atividades.

As comemorações do centenário do nascimento de Eduardo Lourenço começam hoje, em Almeida e na Guarda, e o objetivo de celebrar a vida e o pensamento do filósofo e ensaísta.

O arranque da homenagem ao também patrono da Biblioteca Municipal da Guarda e do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), foi dado na sua aldeia natal, São Pedro do Rio Seco (Almeida), esta manhã, com a inauguração de um memorial e de um percurso literário.

A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, recebe esta tarde, a sessão solene de abertura do programa, seguindo-se a inauguração da exposição da exposição de fotografia “Contrariado, mas vou…”, de Alfredo Cunha, e a apresentação dos livros “Fotobiografia de Eduardo Lourenço” (da autoria de Maria Manuel Baptista, Manuela Cruzeiro e Fernanda de Castro) e “Eduardo Lourenço – Uma Geopolítica do Pensamento” (da autoria de Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi).

O programa também inclui a inauguração de uma escultura evocativa, no Jardim José de Lemos, assinada por Pedro Figueiredo.

O Teatro Municipal da Guarda acolhe o concerto “In Memoriam de Eduardo Lourenço”.

Amanhã, quarta-feira, dia 24, às 10h00, prossegue na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço o congresso “Leituras de Eduardo Lourenço” e, pelas 17h30, tem lugar o lançamento do livro “Vida Partilhada: Todos nós Ibéricos”, de Eduardo Lourenço. Ainda naquela biblioteca, será inaugurada a exposição “Feito de papel com um coração no fundo: Sobrevoando a ‘Mala’ de Eduardo Lourenço”, uma mostra de livros da biblioteca do ensaísta, com curadoria de Maria Manuel Baptista, Fernanda de Castro e Beatriz Stutz.

O Centro de Estudos Ibéricos volta ao autor, entre 27 de junho e 1 de julho, no 23º Curso de Verão, subordinado ao tema genérico “Novas fronteiras, outros diálogos: cooperação e desenvolvimento”. Com coordenação de Rui Jacinto e María Isabel Martín Jiménez, da Universidade de Salamanca, decorre entre a Guarda e Almeida, e andará em torno do que se pode considerar um roteiro da infância e juventude do autor.

Eduardo Lourenço nasceu em 23 de maio de 1923 (pelo menos foi a data em que foi registado), em São Pedro do Rio Seco, no distrito da Guarda, e morreu em Lisboa, em 1 de dezembro de 2020, com 97 anos.

Senhor de uma mente irrequieta, Eduardo Lourenço dedicou-se a temas tão diversos como a literatura ou a política.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes