Alguns dos filmes europeus que mais deram que falar nos últimos anos em festivais e cerimónias de prémios do setor podem ser vistos na plataforma de streaming a partir de hoje.

Alguns dos títulos mais marcantes da cinematografia europeia dos últimos anos estão disponíveis gratuitamente na plataforma de streaming Filmin entre hoje e dia 21 de maio, dentro do âmbito do Europa Film Fest.

A iniciativa é do Parlamento Europeu em Portugal e da Comissão Europeia, que associa assim o cinema às comemorações dos 70 anos da União Europeia e pretende, através da Sétima Arte, refletir sobre a mesma.

A seleção das obras a serem exibidas inclui trabalhos já divulgados durante as atribuições anuais do prémio LUX, nomeadamente o vencedor de 2019 e inédito em Portugal “Deus Existe, o Seu Nome é Petrunya”.

A obra da cineasta da Macedónia Teona Strugar Mitevska, galardoada também com uma distinção do júri ecuménico no Festival de Berlim do ano passado, é uma imperdível reflexão com alguns elementos cómicos sobre a situação da mulher no seu país. O ponto de partida é uma cerimónia religiosa que inclui uma competição destinada a homens, mas que acaba vencida por uma mulher que competiu “ilegalmente”. O ato dela, inspirado em factos e numa personagem real, acaba por despoletar uma verdadeira convulsão social na pequena cidade onde a história do filme acontece.

A programação completa-se com mais sete títulos que se destacaram nos principais festivais de cinema europeus dos últimos anos e tiveram ampla circulação internacional, entre os quais o português “Cartas da Guerra”, de Ivo M. Ferreira, uma reflexão poética com narração de Margarida Vila-Nova sobre a guerra colonial em África a partir de cartas de António Lobo Antunes à sua mulher, naquele período.

Os restantes títulos são o germânico “Toni Erdmann” (Maren Ade), o franco-turco “Mustang” (Deniz Gamze Ergüven), o polaco “Ida” (Paweł Pawlikowski), o belga “Ciclo Interrompido” (Felix Van Groeningen) e os italianos “O Fantasma da Sicília” (Fabio Grassadonia e Antonio Piazza) e “Mediterrânea” (Jonas Carpignano).

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Fonte: SAPO Mag

Liliana Teixeira Lopes