É o que indica um estudo feito após o evento em Barcelona.

Não houve qualquer impacto na transmissão de covid-19 nos 14 dias seguintes ao concerto-teste que se realizou em Barcelona, com cerca de 5 mil pessoas, há um mês. Parece começar a haver “uma luz ao fundo do túnel”.

O concerto-teste que teve em Barcelona, com 5 mil pessoas, em Barcelona, há um mês, mostrou que estes eventos de massas podem ser seguros se forem tomadas as medidas adequadas, de acordo com um estudo publicado.

Duas semanas após o concerto do grupo Love of Lesbian, os participantes foram submetidos a testes PCR e “não há sinais que indiquem que a transmissão tenha tido lugar durante o evento, o que era o objetivo deste estudo”, disse numa conferência de imprensa Josep Maria Llibre, médico do Hospital Germans Trias i Pujol de Badalona, nos arredores de Barcelona.

Os médicos presentes relataram que, entre as 4.592 pessoas que assistiram ao concerto e que deram o seu consentimento para permitir a análise dos resultados dos testes à covid-19, apenas seis foram diagnosticadas positivas, quatro das quais não foram infetadas no evento.

De acordo com os investigadores, a incidência acumulada entre os participantes no espetáculo nos 14 dias seguintes ao evento “não sugere qualquer impacto na transmissão de covid-19 durante o concerto”.

“Com uma ventilação otimizada, testes antigénicos e uso de máscara, um espaço seguro pode ser garantido”, acrescentou Josep Maria Llibre.

Para além de testes e máscaras FFP2, a ventilação, assim como a capacidade de acolhimento em áreas críticas, tais como casas de banho, foram rigorosamente controladas.

Preparada por um grupo de organizadores de festivais, promotores musicais e pelo Hospital Germans Trias i Pujol para mostrar que os concertos são possíveis apesar da pandemia, esta experiência foi uma das poucas na Europa no setor musical.

Os organizadores dos “Festivais para uma Cultura Segura” descreveram a iniciativa como um “sucesso” e disseram que “começa a haver luz ao fundo do túnel”, segundo o diretor do Festival Cruilla, Jordi Herreruela.

Fonte: Público / Blitz

Liliana Teixeira Lopes