A histórica livraria da capital anunciou que vai lançar uma campanha de crowdfunding para tentar que o negócio sobreviva à crise.

A Livraria Barata anunciou que com a crise provocada pela pandemia corre o risco de fechar portas.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, a emblemática livraria lisboeta começa por explicar: “O comércio de proximidade tem vindo a sofrer muitas quebras, há muitos anos. A Barata é disso um exemplo. Mas, apesar disso, neste tempo de pandemia, acreditámos, nós próprios, que manter a porta aberta era indispensável. Fizemo-lo com grande sacrifício de toda a equipa envolvida. E sacrifício financeiro”.

Sublinhando que a situação “é, de facto, complicada, financeiramente”, conclui-se que para a livraria sobreviver precisa de ajuda, designadamente, que os clientes continuem a frequentar o estabelecimento e que seja criado um “pacote financeiro”.

Lê-se ainda na mesma nota: “Precisamos de um balão de oxigénio imediato para podermos, primeiro, manter-nos a funcionar e, depois, para reactivarmos o negócio. (…) Por isso, decidimos lançar uma campanha de crowdfunding”.

A criação desta angariação de donativos através de uma plataforma na internet já está a ser preparada e os detalhes sobre a mesma vão ser anunciados brevemente, sendo que quem contribuir terá “contrapartidas”.

Fundada em 1957, a livraria Barata, localizada na Avenida de Roma, foi criada para vender livros proibidos pelo regime salazarista, tornando-se, ainda hoje, num símbolo da resistência contra o fascismo em Portugal.

http://www.livrariabarata.pt/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes