O festival retorna ao formato original e serão 11 dias de retrospetivas, competições e estreias mundiais.

O festival DocLisboa regressa hoje ao formato em sala de cinema, com mais de duzentos filmes e o desejo da direção de “uma experiência absolutamente coletiva” com o público.

O DocLisboa – Festival Internacional de Cinema decorre até dia 31 de outubro e há ali muito a explorar.

Entre os filmes portugueses selecionados está, por exemplo, “Alcindo”, filme do antropólogo Miguel Dores sobre racismo em Portugal, a partir da história do homicídio de Alcindo Monteiro, português de origem cabo-verdiana, vítima de ódio racial em 1995.

Edgar Pêra estreia “Kinorama – Beyond the walls of the real”, em 3D, enquanto Pedro Figueiredo Neto e Ricardo Falcão mostram “Yoon”, que segue um transportador senegalês de viagem entre Portugal e o Senegal.

Destaque ainda para a exibição de “Eunice ou carta a uma jovem atriz”, de Tiago Durão, sobre Eunice Muñoz e de “Jamaika”, de José Sarmento Matos, sobre a vida do bairro da Jamaica (Setúbal).

O DocLisboa abre hoje com “Landscapes of resistance”, da realizadora sérvia Marta Popivoda, sobre uma das primeiras mulheres a integrar a resistência jugoslava anti-nazismo, na II Guerra Mundial.

Na sessão de abertura será também exibida a curta-metragem “A Terra segue azul quando saio do trabalho”, do realizador brasileiro Sérgio Silva, ex-programador da Cinemateca Brasileira.

No DocLisboa vai ser ainda possível ver, entre outros, “Jane by Charlotte”, da atriz Charlotte Gainsbourg, sobre a relação com a mãe, Jane Birkin; “Uprising”, de Steve McQueen e James Rogan, “The story of looking”, de Mark Cousins, e “Roadrunner: A film about Anthony Bourdain”, de Morgan Neville.

O encerramento do DocLisboa, no dia 31, será com “The tale of king crab”, estreado este ano em Cannes, assinado por Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis.

O DocLisboa acontece na Culturgest, Cinema são Jorge, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema City Campo Pequeno, Museu do Oriente e Museu do Aljube.

https://doclisboa.org/2021/

Fonte: DocLisboa

Liliana Teixeira Lopes