Depois de muitos adiamentos por causa da pandemia, o filme de Denis Villeneuve a partir da obra de Frank Herbert estreia, finalmente, nos cinemas nacionais.

Liliana Teixeira Lopes

“Dune” é a segunda adaptação ao grande ecrã do clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert, desta vez pela mão de Denis Villeneuve.

“Dune” (ou “Duna”, no título em português) é o primeiro de dois filmes, que contam com interpretações de Timothée Chalamet, Javier Bardem, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Jason Momoa, Zendaya, Stellan Skarsgard e Charlotte Rampling, entre outros, no elenco.

Há muita expectativa em torno desta primeira longa-metragem, baseada no livro homónimo lançado em 1965 e que iniciou não só uma saga de seis livros, mas também um culto entre os fãs de ficção científica e fantasia.

A obra, que o autor dedica aos ecologistas, é uma das primeiras “space operas” a explorar o tema da ecologia e da sustentabilidade da atmosfera, e partiu das suas pesquisas como jornalista, completando-a com romance, religião, convulsões políticas, lutas de poder, exploração de classes e vermes gigantes.

A história de “Dune” tem lugar num futuro tão distante que não há menção do planeta Terra. Depois de uma “revolta” que levou à extinção das “máquinas pensantes”, a ordem da nova sociedade evoluiu até ficar assente em três eixos: um Imperador galáctico, apoiado por um conjunto de casas nobres; duas grandes escolas; e a empresa CHOAM, que extrai e controla a “spice melange”, conhecido como “the spice”, a especiaria retirada das areias do deserto.

Toda a história é centrada em torno desta droga extremamente poderosa, o bem mais valioso do Império, pois não só dá aos humanos maior vitalidade e mais anos de vida como pode também desbloquear poderes de consciencialização aumentada e de presciência em algumas pessoas. Paralelamente, torna as viagens intergalácticas possíveis, o que torna a “especiaria” indispensável à “Spacing Guild” e ao Império – sem ela todo o sistema de transporte e comunicação entraria em colapso.

A “especiaria” só existe no planeta “Arrakis”, o planeta-deserto mais importante do universo, conhecido como “Dune”.

E isto é só o ponto de partida. “Dune” está a partir de agora nos cinemas nacionais.