A obra de Ernesto de Sousa (1921-1988), um dos protagonistas da cena artística portuguesa no século XX, será evocada num colóquio e num espetáculo, no dia 2 de junho, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, pelo centenário do nascimento.

Crítico, artista visual, realizador, teórico e programador estético, Ernesto de Sousa marcou o panorama das artes em Portugal a partir de meados de 1940, inspirando as gerações de artistas que se afirmaram após o 25 de Abril. A iniciativa tem o objetivo de evocar esta figura pioneira e promover a discussão e partilha dos estudos mais recentes sobre o seu trabalho e a sua importância no contexto da arte contemporânea, indica a organização na página online dedicada a este projeto.

O espetáculo, a realizar no grande auditório da Fundação, em colaboração com a Gulbenkian Música, vai recriar a obra “Luiz Vaz 73”, recentemente adquirida pela instituição, e será apresentada no âmbito da mostra “Histórias de uma Coleção. Arte Moderna e Contemporânea da Fundação Gulbenkian”, que estará patente na galeria principal do edifício sede.

Quanto ao Colóquio Centenário de Ernesto de Sousa, é coorganizado pela Biblioteca de Arte da Gulbenkian e pelo Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

A obra “Luiz Vaz 73″, inspirada n’”Os Lusíadas”, de Luís de Camões, com música eletrónica de Jorge Peixinho (1975) e projeções de diapositivos de Ernesto de Sousa, será apresentada no grande auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com o Serviço de Música.

O centenário do nascimento deste criador multidisciplinar cumpre-se a 18 de abril deste ano.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes