A hipótese de atuações musicais, e não só, através de hologramas parece estar cada vez a ganhar mais adeptos.

Há músicos já estão a usar um holograma interativo baseado numa tecnologia usada em teatros, em 1860, para alcançar fãs no mundo em “lockdown”, em confinamento, durante a pandemia de coronavírus.

A empresa Musion 3D fez uma parceria com um cantor das Ilhas Faroe, Dan Olsen, para lançar o Fanshare, um toque moderno numa técnica de ilusão conhecida como Fantasma de Pepper que envolve uma grande placa de vidro para criar uma projeção que aparenta ser real por meio de um efeito ótico.

De acordo com Ian O’Connell, diretor de Musion 3D, em declaração à agência Reuters, “é o mais perto que se vai chegar de uma imagem virtual, de uma semelhança virtual ao ser humano real”. Não é preciso usar óculos e não é preciso usar auscultadores. Basta estar sentado como se estivesse a assistir a um espetáculo num palco normal.

Olsen e um guitarrista tocaram num estúdio pequeno do leste de Londres enquanto suas imagens eram projetadas num palco no centro da cidade onde um pianista tocava ao vivo.

A ilusão criada fazia parecer que os músicos estavam todos juntos, o que não era real. Presente estava apenas o pianista. O vocalista e o guitarrista eram hologramas.

Esta tecnologia permite, assim, que um artista esteja em qualquer parte do mundo, o que é considerado como ideal num momento em que existem restrições à vida pública causadas pela pandemia que mudam rapidamente.

Apesar da maioria dos fãs ainda não poderem estar reunidos em grande número, a Musion 3D espera que as pessoas, que passam tanto tempo nas redes sociais, tenham uma compreensão diferente do que é uma plateia. Futuramente, a empresa pretende levar espetáculos aos aparelhos portáteis.

http://www.musion3d.co.uk/

Fonte: Reuters

Liliana Teixeira Lopes