A plataforma de streaming vai tomar medidas para evitar perder subscritores e já se conhecem algumas delas.

Liliana Teixeira Lopes

Netflix pode ter encontrado solução para impedir a partilha de contas.

Os membros da Netflix poderão comprar “casas” adicionais de forma a que amigos e familiares também possam continuar a desfrutar do serviço.

A queda no número de subscritores fez com que a Netflix decidisse colocar em prática alguns planos para recuperar receita, nomeadamente impedindo que os subscritores do serviço partilhem contas com outras pessoas.

Agora, conta a Bloomberg que a Netflix começou a testar um novo método nos países da América Latina com o qual a empresa pretende cobrar uma taxa a quem partilhe contas. Este novo método permite que, mediante o pagamento desta taxa, os membros adicionem “casas” à respetiva conta – o que permite que pessoas que não vivam na mesma casa do dono da conta também possam desfrutar dos conteúdos da Netflix.

Lembro que esta solução para impedir a partilha de contas ainda está a ser testada e, portanto, ainda poderá sofrer alterações até ser lançada.

Assim, a estratégia da Netflix nos próximos meses tem duas frentes: combater a partilha de contas e também lançar uma versão mais barata com a presença de publicidade.

Este plano deve ser lançado no início de 2023 num grupo limitado de mercados onde o investimento em publicidade é mais forte.

No entanto, nem tudo o que está disponível no atual serviço vai aparecer na versão mais barata com publicidade, que terá a Microsoft e os seus sistemas como parceiros na gestão e apresentação: a programação original vai ser incluída, mas não alguns programas que são licenciados de outros estúdios e distribuidores internacionais.

Apesar da Netflix ainda não ter revelado o preço da versão mais acessível paga com publicidade, a Morgan Stanley estima que possa ser de 10 dólares nos EUA (à cotação atual desvalorizada, cerca de 9,79 euros), o que poderia gerar sete dólares por subscrição em publicidade. Por comparação, o plano Standard, o mais subscrito, custa 15,49 dólares nos EUA (11,99 euros em Portugal).

Mas há que dizer que rivais como a HBO Max, Paramount+ e Peacock já disponibilizam os planos mais baratos com publicidade e o Disney+ projeta fazer o mesmo no final de 2022.