Chega aos cinemas portugueses o tão aguardado épico “Napoleão”. A realização é de Ridley Scott, Joaquin Phoenix veste a pele do imperador, tirano, homem.

Liliana Teixeira Lopes

Ridley Scott, o cineasta de “Alien” e “Blade Runner” centra-se numa das figuras mais complexas da história, interpretada por Joaquin Phoenix, num reencontro 23 anos depois de “Gladiador”.

“Napoleão” é o retrato cinematográfico de uma das figuras mais complexas da história, um homem que estava mais disposto a enviar milhões de pessoas para combates a ter que enfrentar as suas paixões amorosas.

Joaquin Phoenix interpreta o militar de origem mediterrânica que abalou as estruturas da Europa em pouco mais de três décadas, no início do século XIX, até à sua derrota definitiva na Batalha de Waterloo (1815).

Napoleão Bonaparte (1769-1821) é uma das personalidades históricas mais abordadas por autores, e Ridley Scott tenta resumir a sua espetacular ascensão ao poder e a sua queda retumbante num filme com duas horas e 39 minutos de duração.

A trama tem início na decapitação da rainha Maria Antonieta, em Paris, no auge (e mais sangrento momento) da Revolução Francesa, e no encontro do protagonista com uma cortesã, Josephine de Beauharnais, mãe de dois filhos e viúva de uma das vítimas do terror revolucionário.

Este encontro marca a vida do ambicioso oficial, que segundo a tese do filme, baseado nas cartas de amor que Napoleão enviou durante anos a Josephine (interpretada pela atriz britânica Vanessa Kirby), nunca deixou de amá-la. Mesmo quando teve que se separar dela quando não lhe conseguiu dar um filho para ser o herdeiro.

Cineasta multifacetado, Scott filma de forma eficaz as batalhas espetaculares, incluindo a desastrosa invasão da Rússia, alternando as cenas de combate com a peculiar relação amorosa do imperador com Josephine, na qual ela parece ter vantagem.