Um documentário sobre Ennio Morricone, o mais recente filme de M. Night Shyamalan e um dos candidatos aos Óscares estão entre as novidades.

Liliana Teixeira Lopes

Às nossas salas chega esta semana o documentário “Ennio”, de Giuseppe Tornatore, que é um retrato profundo de Ennio Morricone, o compositor de filmes mais popular e prolífico do século XX, o mais amado pelo público internacional, duas vezes vencedor do Óscar e autor de mais de quinhentas partituras inesquecíveis.

O documentário, exibido no 78º Festival de Veneza, apresenta-nos o compositor e maestro através de uma longa entrevista conduzida por Tornatore e depoimentos de realizadores e músicos.

Entre as novidades está também o mais recente filme de M. Night Shyamalan, “Batem À Porta”.

Durante umas férias numa cabana isolada, uma menina e os seus pais são feitos reféns por quatro estranhos armados, que exigem que a família faça uma escolha impensável de forma a prevenir o apocalipse: alguém tem que ser sacrificado para impedir o fim do mundo.

Nos papeis centrais estão Jonathan Groff, Dave Bautista, Rupert Grint e Ben Aldridge.

Em estreia nos cinemas portugueses está também um dos candidatos aos óscares deste ano. “Os Espíritos de Inisherin”, tem entre as suas nomeações melhor filme, melhor realizador para Martin McDonagh e melhor ator para Colin Farrell.

Situado numa ilha remota na costa oeste da Irlanda, “Os Espíritos de Inisherin” acompanha os amigos de longa data Pádraic e Colm que se encontram num impasse quando Colm, inesperadamente, põe fim à amizade deles.

Um estupefato Pádraic, amparado pela sua irmã Siobhán e pelo problemático jovem ilhéu Dominic, esforça-se para recuperar o relacionamento, recusando-se a aceitar um não como resposta.

Mas todos os seus esforços acabam apenas por fortalecer ainda mais a determinação de seu ex-amigo e, quando Colm entrega um ultimato desesperado, os eventos sucedem-se rapidamente com consequências inesperadas.

“Os Espíritos de Inisherin”, que conta ainda com as interpretações de Brendan Gleeson, Kerry Condon e Barry Keoghan, entre outros, é uma comédia dramática, ou se calhar, quanto a mim, um drama com alguns toques de humor. Uma obra muitíssimo bem filmada, com uma história muito bem contada que (digo eu) tem todas as suas nomeações para vários prémios completamente justificadas.