Entre as novidades da semana nas salas nacionais estão dois filmes de animação.

Liliana Teixeira Lopes

Através dos olhos da filha, Patpro vai percorrer três épocas da história do seu povo indígena, no coração da floresta brasileira.

Incansavelmente perseguidos, mas guiados pelos seus ritos ancestrais, pelo seu amor pela natureza e pela sua luta para preservar a liberdade, os Krahô reinventam diariamente novas formas de resistência.

É o que nos conta a sinopse de “A Flor do Buriti”, um filme de João Salaviza e Renée Nader Messora, que chega esta semana aos cinemas.

Em estreia nas salas nacionais está ainda a animação “O Faraó Negro, o Selvagem e a Princesa”, de Michel Ocelot.

São três histórias que decorrem em três épocas, ambientadas em três mundos diferentes: uma epopeia vinda diretamente do antigo Egipto; uma lenda medieval francesa, da região de Auvergne; e, finalmente, uma fantasia do século XVIII vestida de trajes otomanos e ambientada em palácios turcos.

Um filme primorosamente animado que nos transporta por paisagens reais e oníricas sempre inesperadas e frequentemente contrastantes, povoadas por deuses esplêndidos e tenebrosos, tiranos aviltantes e protetores benevolentes, amantes astutos e príncipes e princesas que fazem apenas o que lhe apetece – tudo numa deslumbrante explosão de cor.

Às salas de cinema portuguesas, depois de ter passado pelo Festival Monstra, chega “Mataram o Pianista”, uma animação documental de Fernando Trueba e Javier Mariscal.

Em “Mataram o Pianista”, um jornalista de Nova Iorque inicia uma investigação para descobrir a verdade por trás do trágico e misterioso desaparecimento do jovem virtuoso do piano brasileiro Tenório Jr, originando uma jornada narrativa que, ao mesmo tempo, vai comemorar a época da Bossa Nova brasileira e a liberdade criativa que caracterizou a raiz deste movimento, tendo em pano de fundo a contrastante brutalidade dos regimes ditatoriais que, nos anos 60 e 70, emergem na América Latina.