O mais recente de José Nascimento, um filme já estreado na Netflix e o novo “homem-morcego”.

Liliana Teixeira Lopes

O realizador José Nascimento estreia esta semana nos cinemas o filme “Casa Flutuante”, uma ficção passada no Alentejo, que convoca Júlio Verne e a luta contra a desflorestação da Amazónia.

Em entrevista à agência Lusa, José Nascimento une os pontos aparentemente distantes desta história, de uma mulher que vive em Mértola numa casa flutuante, acompanhada da neta, a quem passa os ensinamentos da tribo onde nasceu, no Brasil.

Segundo José Nascimento, “Casa Flutuante” começou por ser um projeto de um documentário sobre o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira que, no século XVIII, nomeado pela corte portuguesa, chefiou uma viagem à floresta amazónica e publicou, depois, um livro.

Mas afastada a ideia de fazer um documentário, José Nascimento foi afinando o argumento ao longo de mais de uma década, reunindo informação sobre tribos da Amazónia, até chegar a esta história de ficção, coescrita com Ana Pissarra.

Três meses depois de ter estreado na Netflix, “O Poder do Cão” chega agora aos cinemas portugueses.

Lembro que este é o primeiro filme de Jane Campion em 12 anos e lidera a corrida aos Óscares com 12 nomeações.

“O Poder do Cão” é um ‘western’ pouco tradicional, que decorre nos anos 1920 num rancho do Montana e que se centra na guerra de intimidação de um rancheiro dominador contra a nova esposa do irmão e o seu filho adolescente, que vai ter contornos inesperados.

Nos papéis centrais encontramos Benedict Cumberbatch, Kirsten Dunst, Jesse Plemons e Kodi Smit-McPhee.

Chega também esta semana às salas nacionais o muito aguardado “The Batman”.

Neste novo filme, Robert Pattinson interpreta uma versão sombria do ‘homem-morcego’, numa viagem às entranhas modernas de Gotham City.

Ao contrário de versões anteriores da personagem, que já foi interpretada por nomes como Adam West, George Clooney, Christian Bale e Ben Affleck, o Bruce Wayne do novo filme não é um milionário elegante com uma vida social razoável, não é dado à boa vida e não tem grande carisma.

“The Batman” é uma aparição quase gótica, que busca inspiração no legado do cinema ‘noir’.

Com realização de Matt Reeves, “The Batman” conta com as interpretações não só de Robert Pattinson, mas também de Zoë Kravitz, Colin Farrell, Andy Serkis, Paul Dano, Peter Sarsgaard, Jeffrey Wright e John Turturro.