O destaque vai para o mais recente filme de Ridley Scott: “Casa Gucci”.

Liliana Teixeira Lopes

Em estreia esta semana está “Serpentário”, um filme de Carlos Conceição, que percorreu o circuito dos festivais, nestes últimos tempos, tendo mesmo ganho alguns prémios.

Em “Serpentário”, um rapaz vagueia por uma paisagem africana pós-catástrofe em busca do fantasma da sua mãe.

Outra novidade é o polémico “Benedetta”, um filme de Paul Verhoeven.

Baseado no livro “Immodest Acts: The Life of a Lesbian Nun in Renaissance Italy”, de Judith C. Brown, que por sua vez é inspirado numa história real, “Benedetta” traça o retrato de uma freira católica que tem visões eróticas e religiosas perturbadoras, a irmã Benedetta Carlini.

Mas o destaque, esta semana vai para “Casa Gucci”, de Ridley Scott. O filme de recebeu críticas da família Gucci.O realizador não deixou as mesmas sem resposta.

O filme com elenco de estrelas liderado por Lady Gaga e Adam Driver tinha sido arrasado pela família Gucci em abril. Entre as críticas diziam que Al Pacino é “baixo, gordo e feio”, Jared Leto “horrível”.

No centro do drama está a morte em 1995 de Maurizio Gucci, o herdeiro da famosa marca de moda, encomendada pela sua ex-esposa Patrizia Reggiani e executada por um assassino profissional.

“Estamos realmente desiludidos. Falo em nome da família”, reagia Patrizia Gucci em declarações que se tornaram virais em abril após saírem fotografias da rodagem com o impressionante elenco que inclui ainda os nomes de Jeremy Irons e Salma Hayek.

Ridley Scott foi curto e implacável na rejeição das queixas: “Não me envolvo com isso. É preciso não esquecer que um Gucci foi assassinado e outro foi para a prisão por fuga aos impostos, portanto não me podem vir falar sobre ter lucro. Assim que se faz isso, passa a ser do domínio público”, disse o cineasta de 83 anos ao programa Today da BBC.