O iniciou 110 dias de obras de restauro da fachada daquele teatro de Lisboa.

As obras de restauro, limpeza, conservação e requalificação da fachada do Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa, começaram ontem, como ponto de partida de uma intervenção de requalificação geral, a prolongar-se por dois anos, deste monumento nacional.

As obras na fachada, orçadas em 170 mil euros, devem terminar dentro de 110 dias, disse à agência Lusa a presidente do Conselho de Administração do OPArte – Organismo de Produção Artística, Conceição Amaral, entidade que tutela o teatro.

Estas obras são ações corretivas e preventivas, com o objetivo de solucionar alguns problemas identificados e resultantes da exposição do edifício às condições ambientais.

A fachada do teatro, em pedra de lioz, mantém os traços arquitetónicos iniciais do edifício inaugurado em junho de 1793.

Segundo o Teatro Nacional de S. Carlos, na fachada, há a limpar a sujidade acumulada, arranjar as fissuras no teto da arcada e as zonas de superfície em pedra que estão danificadas, substituir a madeira das caixilharias, já degradada, fazer o tratamento de ferragens oxidadas e rever o envelhecimento de massas e outros materiais.

Ao longo deste período também vão ser desenvolvidas ações corretivas e preventivas, com o objetivo de solucionar os vários tipos de problemas identificados e que resultam da exposição do edifício às condições ambientais, da falta de manutenção e de intervenção humana, segundo o teatro.

As obras contam com o mecenato da Fundação Mirpuri, no âmbito de um protocolo firmado pelas duas entidades em 2018.

No horizonte do atual conselho de administração, estão outras obras, por exemplo, no interior do teatro, como a renovação dos dourados e tratamento de estuques, que estarão a cargo da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva.

Até ao final do ano será feita uma intervenção no ‘piso zero’ do teatro, não incluindo a sala, “apenas nos espaços comuns”. Outra intervenção prevista é a renovação do pano de ferro, o obliterador de cena, já que o atual data da década de 1940 e pesa 20 toneladas. Este pano de ferro será substituído por um outro, com menos de metade do peso do atual, “o que é significativo para toda a estrutura do edifício”, salientou Conceição Amaral.

Até dezembro tanto o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos como a Orquestra Sinfónica Portuguesa têm uma ampla programação fora do teatro, noutros concelhos além de Lisboa. A ópera só voltará a este palco lírico no próximo ano.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes