Uma quebra nos estoques mundiais de óxido de ferro está a atrasar a produção de cassetes. A notícia foi inicialmente avançada pela Pitchfork, que partilhou a justificação da norte-americana National Audio Company à editora Hausu Mountai. De acordo com fabricante, a única empresa que procede à refinação deste componente químico tem estado em renovação ao longo da maior parte de 2019, o que tem reduzido a quantidade de óxido ferro entregue para a manufactura da fita magnética utilizada nas cassetes. A previsão é de que a produção retome a normalidade ainda durante o mês de Outubro.

Embora ainda longe da recuperação do vinil, também as cassetes viram as suas vendas disparar nos últimos anos. Na plataforma Discogs, por exemplo, as vendas deste formato aumentaram 29.5% em 2017, sendo que no ano passado a subida ficou acima dos 35%. No dia 12 de Outubro, celebrou-se precisamente o Cassette Store Day.

A cassete compacta foi inventada pela Phillips em 1963. Conheceu o seu auge enquanto formato entre o final da década de 70 e meados da década de 90, em grande parte graças ao Sony Walkman e à sua portabilidade. Nos últimos anos, contudo, tem ganhado bastante popularidade nos circuitos de música alternativa e de edição independente.

João Barros