Começa hoje e decorre até dia 25 de julho. Este ano, mudou-se do Largo São Carlos para o Palácio Nacional da Ajuda.

O grupo de metais e percussão da Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direção do maestro Pedro Neves, abre hoje, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, o Festival ao Largo, com música de Dmitri Chostakovitch. Do compositor russo, um dos maiores sinfonistas do século XX, vai ouvir-se “Abertura Festiva”. Do programa constam ainda obras de Giuseppe Verdi, Aaron Copland e Georges Bizet, entre outros compositores.

A programação do Festival ao Largo, que este ano, devido à pandemia covid-19, não se realiza no largo fronteiro ao Teatro Nacional de São Carlos, mas no espaço mais amplo do Palácio Nacional da Ajuda, inclui ainda espetáculos de bailado, teatro e cinema.

O filme “Metropolis”, de Fritz Lang, com música ao vivo de Filipe Raposo e a peça “Sopro”, de Tiago Rodrigues, com o elenco do Teatro Nacional D. Maria II atravessam o festival, que vai até 25 de julho.

Nos três últimos dias, o Festival ao Largo mantém a sua tradição, com a entrega do palco à Companhia Nacional de Bailado e, desta vez, com a estreia de duas novas coreografias: “algo_ritmo”, de Xavier Carmo e Henriett Ventura, com música original de César Viana, interpretada por Sara Ross, e “Symphony of Sorrows”, de Miguel Ramalho, sobre a 3ª Sinfonia, de Henryk Gorecki, a chamada “Sinfonia das Lamentações”, por bailarinos da Companhia Nacional de Bailado.

As duas novas obras são apresentadas num programa que inclui excertos do primeiro ato do bailado “D. Quixote”, com coreografia de Eric Volodine.

Tudo se passa no pátio do Palácio Nacional da Ajuda, através de um protocolo com a Direção-Geral do Património Cultural, em vez do habitual largo São Carlos, no Chiado, devido às exigências de distanciamento social e de logística do festival ao ar livre.

O Festival ao Largo constitui a primeira concretização da parceria estabelecida entre o Opart – Organismo de Produção Artística e a DGPC, para a realização, numa base regular, de concertos, ópera e bailado, em museus, monumentos e palácios nacionais, anunciada na quarta-feira.

A programação do festival é também a primeira definida pela atual diretora artística do Teatro Nacional de São Carlos, a soprano Elisabete Matos, e inclui duas homenagens “aos heróis e às vítimas da Covid 19”, respetivamente nos dias 15 e 18 de julho, protagonizadas pelo Coro do São Carlos.

Todos os programas têm início às 21h30, à semelhança dos outros anos, à exceção dos da Companhia Nacional de Bailado, que, noutras edições, começavam às 22h00. A entrada é livre.

http://www.festivalaolargo.pt

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes