A 37ª edição acontece já em julho e vai homenagear o ator português Rui Mendes.

O 37º Festival de Almada realiza-se de 3 a 26 de julho, com uma edição “quase exclusivamente portuguesa”, que estreia três peças nacionais, começando por “Bruscamente no Verão Passado”, de Tennessee Williams, encenada por Carlos Avilez.

Segundo o diretor artístico da Companhia de Teatro de Almada, Rodrigo Francisco, estrutura que organiza o festival, em declarações à agência Lusa, a primeira estreia acontece logo no dia 3 de julho, no Teatro Municipal Joaquim Benite, com “Bruscamente no Verão Passado”, uma peça do dramaturgo norte-americano que denuncia a intolerância relativa à homossexualidade na sociedade dos anos de 1950, encenada pelo diretor do Teatro Experimental de Cascais.

A segunda estreia é a peça “As Artimanhas de Sapin”, uma das mais conhecidas comédias de Moliére, encenada por João Mota, o diretor de A Comuna, que estará em exibição entre 16 e 19 de julho, no Fórum Municipal Romeu Correia.

Nos mesmos dias, mas na Academia Almadense, estará “Instruções para Abolir o Natal”, de Michael Mackenzie, outra estreia, esta pela Companhia de Teatro do Algarve, que aborda os efeitos da crise financeira de 2008, na sequência da falência do banco norte-americano Lehman Brothers.

Segundo Rodrigo Francisco, esta será uma edição em que o público “pode tomar o pulso à criação teatral portuguesa”, o que foi uma oportunidade, mas também uma consequência da pandemia da covid-19, que impediu a deslocação de artistas internacionais.

O Festival de Almada homenageia o ator e encenador Rui Mendes, que considera “um dos mais significativos servidores públicos das artes de palco em Portugal”.

A exposição “O ator que queria ser sinaleiro” vai estar no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, durante todo o festival, recordando a carreira de mais de 60 anos de Rui Mendes, contados a partir da estreia no Teatro do Gerifalto, em 1956, aos 19 anos. É uma exposição necessariamente “condensada”, diz a organização, tendo em conta que o ator assumiu centenas de personagens, passou por quase todas as companhias, todos os palcos, pela rádio e a televisão, por todos os géneros, da comédia ao drama, dos clássicos às telenovelas.

Para a Companhia de Teatro de Almada, que organiza o festival, “a homenagem reconhece o inestimável contributo (do ator) para o desenvolvimento de uma nova forma de estar no teatro, no cinema e na televisão, uma participação desde sempre marcada por uma forte motivação cívica”.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes