Sem filmes portugueses a concurso, o festival decorre até 9 de setembro.

O Festival Internacional de Cinema de Veneza dá hoje início à sua 80ª edição, num evento que reúne novos trabalhos de realizadores como Michael Mann, Roman Polanski, Sofia Coppola, Ava DuVernay e Pablo Larraín, entre muitos outros.

Sem a presença de filmes portugueses na seleção oficial de curtas e longas-metragens, Veneza conta com um projeto luso-brasileiro no programa de cinema imersivo e de realidade virtual, intitulado “Queer Utopia”, do artista brasileiro Lui Avallos com coprodução portuguesa.

Na seleção oficial de Veneza, destaque para a estreia de “The Palace”, do realizador Roman Polanski, de 90 anos, e cujo cinema regressa a este festival depois de, em 2019, ter sido premiado com “J’Accuse – O oficial e o espião”.

Descrito como “uma comédia negra”, “The Palace” conta com interpretações, entre outros, de Oliver Masucci, Fanny Ardant, John Cleese e do ator português Joaquim de Almeida.

Também fora de competição, em Veneza estarão “Coup the chance”, de Woody Allen, rodado em França, “The wonderful story of Henry Sugar”, de Wes Anderson, a partir de uma história de Roald Dahl, e o documentário “Ryuichi Sakamoto – Opus”, de Neo Sora, filho do pianista que morreu em março passado.

Admitindo que este ano a competição pelo Leão de Ouro é extensa, o diretor do evento, Alberto Barbera, revelou, em conferência de imprensa no mês passado, nomes como “Priscilla”, de Sofia Coppola, “La Bête”, de Bertrand Bonello, “Maestro”, realizado e protagonizado por Bradley Cooper, “Origin”, de Ava DuVernay, e “The Killer”, de David Fincher, num regresso a Veneza depois de “Clube de Combate”.

O festival de cinema de Veneza, que termina a 9 de setembro, escolheu “La Sociedade de la Nieve”, do realizador espanhol J. A. Bayona, como filme de encerramento, e abre com o filme italiano de ação da Segunda Guerra Mundial, “Comandante”, dirigido por Edoardo de Angelis, com Pierfrancesco Favino, que substitui o filme de abertura original “Challengers”, de Luca Guadagnino, com Zendaya, um filme retirado devido às greves dos argumentistas e dos atores.

O júri que atribuirá o Leão de Ouro é presidido pelo realizador Damien Chazelle.

https://www.labiennale.org/en/cinema/2023

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes