A ideia faz parte do Plano de Valorização do Interior criado pelo Governo e pretende levar ao interior do país obras pertencentes às reservas dos museus nacionais que não estão a ser mostradas.

O Ministério da Cultura indicou na quinta-feira, à agência Lusa, que a exposição de obras de arte provenientes das reservas dos museus nacionais, em museus regionais e locais, faz parte do Plano de Valorização do Interior criado pelo Governo.

A indicação surgiu na sequência de um contacto da Lusa com o gabinete da ministra da Cultura, Graça Fonseca, sobre as declarações proferidas pelo ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, na quarta-feira, no parlamento, sobre a criação de um polo do Museu Nacional de Arte Contemporânea numa cidade do interior do país.

O Plano de Valorização do Interior, “anunciado, divulgado e consultável online desde julho de 2018”, de acordo com um comunicado do Ministério da Cultura, “envolve todas as áreas de Governo sob a coordenação do ministro Adjunto e da Economia e do secretário de Estado para a Valorização do Interior”.

Um dos objetivos do plano é “identificar obras de arte existentes em reservas nos museus nacionais que não estejam em exibição (e para as quais não existe espaço físico disponível para as expor), definindo parcerias com museus regionais e/ou locais para a sua exibição… É a implementação desta medida que está em análise, aqui se incluindo o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado”.

Contactada pela agência Lusa, Emília Ferreira, diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, disse não ter conhecimento do projeto.

Situado no centro histórico de Lisboa, o Museu do Chiado foi fundado em 1911, como Museu Nacional de Arte Contemporânea, e o seu acervo integra mais de 5 mil peças de arte, num percurso cronológico desde 1850 até à atualidade, incluindo pintura, escultura, desenho, fotografia e vídeo.

Fonte: Lusa