Foi este fim de semana que a Grécia exortou o Reino Unido a devolver os mármores do Pártenon, expostos no Museu Britânico, em Londres, por relevante interesse internacional renovado com a reabertura do local de origem, encerrado devido ao surto de Covid-19.

As esculturas, como é o caso dos frisos representando batalhas míticas entre gregos e centauros, foram enviadas para o Reino Unido pelo embaixador da corte britânica em Istambul, Lord Elgin, no início do século XIX.

Londres sempre recusou devolver as esculturas à Grécia, argumentando terem sido levadas com a permissão dos governantes otomanos de Atenas, na época, estando as peças atualmente em destaque no Museu Britânico.

A Grécia voltou, no sábado, dia 23 de maio, a exortar o Reino Unido a devolver as esculturas, argumentando com o interesse internacional, renovado com a reabertura do seu local de origem, encerrado durante a epidemia.

A ministra da Cultura da Grécia, Lina Mendoni, em comunicado, salientou que os mármores foram “saqueados” e a Grécia nunca reconhecerá a propriedade dos frisos ao Museu Britânico.

Após dois meses de encerramento por causa da pandemia do novo coronavírus, a Grécia reabriu a 18 de maio, sob rigorosas condições sanitárias, a Acrópole de Atenas, um dos locais antigos mais visitados do mundo, que acolhe viajantes de todo o Globo.

A Associação Internacional para a Reunificação das Esculturas do Pártenon enviou uma carta ao ministério da Cultura da Grécia a 21 de maio, Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, propondo renovar a pressão coordenada sobre o Museu Britânico.

Há várias décadas que a Grécia tentar reaver os mármores, ameaçando mesmo levar Londres à justiça, mas, nos últimos anos, Atenas tem favorecido a via diplomática, com mediação da UNESCO, a organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, mas a oferta foi rejeitada pelo Museu Britânico.

Resultante das eleições de julho de 2019, o Governo grego, através do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, solicitou oficialmente que os frisos fossem emprestados a Atenas para as comemorações do 200º aniversário da independência da Grécia em 2021.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes