Um estudo norte-americano divulgado na primeira semana deste ano vem mostrar que o número de mulheres a trabalhar na indústria cinematográfica nos EUA aumentou 2% em 2018, mas houve menos realizadoras entre os filmes mais lucrativos.

Em 2018 – ano em que surgiu o movimento #Metoo e houve uma maior consciencialização sobre desigualdade de género no cinema -, as mulheres representaram 20% dos que trabalharam em produção, realização, escrita, edição ou direção de fotografia dos 250 filmes mais lucrativos.

Esse valor representa um aumento de 2% comparado com o ano anterior, segundo um estudo do Centro para as Mulheres em Televisão e Cinema, da Universidade de San Diego. A sondagem teve por base uma amostra de 3.076 pessoas que trabalharam nessas 250 produções com mais receita de bilheteira. Mas a percentagem de realizadoras nessa tabela desceu de 11% em 2017 para 8% em 2018.

A investigadora Martha Lauzen, diretora daquele centro de investigação, citada pela Associated Press, considerou que o estudo demonstra uma “resistência da indústria” cinematográfica em mudar comportamentos em relação à desigualdade de género, ao contrário do que previram “muitos especialistas do setor ao longo do último ano”.

Fonte: Sapo/Lusa