A Sinfonia Nº8 em Si Menor de Schubert nunca chegou a ser completada. O compositor austríaco começou a composição em 1822, mas só compôs os dois primeiros andamentos da obra, hoje conhecida por "Sinfonia Inacabada".

A Huawei usou a inteligência artificial de um telemóvel para compor o último andamento da Sinfonia Inacabada de Schubert e demonstrar o potencial da tecnologia, afirmou o diretor de produto na Europa, Arne Herkelmann.

Em declarações à agência Lusa, o responsável disse que o que se quer é inspirar as pessoas e mostrar o que é possível fazer se se juntar a tecnologia de inteligência artificial com o conhecimento humano. Herkelmann falava na segunda-feira em Londres durante um evento de apresentação do projeto, quando a English Session Orchestra tocou no auditório de Cadogan Hall uma versão completa da Sinfonia Nº 8 em Si Menor de Schubert. O compositor austríaco começou a composição em 1822, mas nunca foi para além dos dois primeiros andamentos daquela que ficou conhecida como “Sinfonia Inacabada”.

A sinfonia teria quatro andamentos, como era hábito na altura. Por isso, o desafio deste projeto foi colocar o Huawei Mate 20 Pro a terminar o terceiro andamento e a compor o quarto movimento. Foi construído um programa à medida onde foram corridas mais de 90 peças de Franz Schubert, que foram analisadas segundo o timbre, ritmo e melodia para perceber o padrão de trabalho do compositor.

Depois foram necessárias as competências do compositor norte-americano Lucas Cantor, que selecionou algumas das melodias produzidas pela inteligência artificial do telemóvel, que usa um processador avançado chamado Kirin 980.

Cantor compôs os arranjos finais, aproveitando para introduzir címbalos, um instrumento que não fazia parte do original, mas adicionou “ressonância emocional”.

Fonte: Lusa