O 36º Jazz em Agosto decorre de hoje a dia 11 deste mês “sob o signo da resistência e do grito coletivo clamando por um mundo mais justo”.

O guitarrista norte americano Marc Ribot abre a edição deste ano do festival Jazz em Agosto, em Lisboa, com canções de protesto do álbum “Songs of Resistance”, revelou a Fundação Calouste Gulbenkian.

De regresso ao Jazz em Agosto, onde já esteve em várias edições, Marc Ribot apresenta hoje no anfiteatro ao ar livre, o álbum “Songs of Resistance”, editado no ano passado, no qual reinventa um cancioneiro ligado a protesto, ativismo e resistência. Ribot idealizou o álbum como reação à mudança política nos Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump para a presidência.

Em “Goodbye Beautiful – Songs os Resistance 1942-2018” participam nomes como Tom Waits ou Steve Earle, mas no Jazz em Agosto vai ser Marc Ribot a interpretar os temas, acompanhado de Jay Rodriguez, Brad Jones, Ches Smith e Reinaldo de Jesus.

Sobre a temática da revolução e da contestação, que atravessa a programação deste ano, o festival lisboeta recorda que “o jazz soube, em diversas ocasiões, canalizar e potenciar a contestação e a revolta de uma forma impossível de silenciar”.

Assim, até 11 de agosto, estão previstos 16 concertos repartidos entre o anfiteatro ao ar livre e os auditórios da fundação.

Da programação fazem parte, Heroes Are Gang Leaders, coletivo de “jazz, hip hop e ‘spoken word’”, criado pelo escritor Thomas Sayers Ellis e pelo saxofonista Jamens Brandon Lewis, em homenagem a Amiri Baraka, um dos nomes da ‘Beat Generation’, que morreu em 2014.

Ou trompetista norte-americano Daniel Rosenboom, que está no sábado com o Burning Ghosts, “praticantes de uma endiabrada fusão entre jazz e metal”.

São apenas alguns dos nomes que fazem parte do cartaz do Jazz em Agosto, que pode ser consultado no site oficial da Fundação Calouste Gulbenkian.

https://gulbenkian.pt/jazzemagosto/

Liliana Teixeira Lopes