A UNESCO anunciou a classificação dos monumentos e do museu portugueses e prestou homenagem ao “pai da Bossa-Nova”.

O Comité do Património da UNESCO considerou que a morte do cantor brasileiro João Gilberto “é uma perda para o património cultural”, na reunião em que o Palácio de Mafra e o Santuário do Bom Jesus de Braga foram classificados Património Mundial.

A morte de João Gilberto “é uma perda para o património cultural” afirmou Abulfas Garayev, presidente do Comité do Património da UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, no início da 43ª reunião, que decorre em Baku, no Azerbaijão, até 10 de julho.

O cantor e compositor brasileiro João Gilberto, considerado um dos pais da Bossa Nova, morreu no sábado no Rio de Janeiro, Brasil, aos 88 anos, informou um dos filhos do artista. O cantor e compositor, considerado o precursor do género musical Bossa Nova e grande responsável pela sua disseminação pelo mundo, vivia arruinado e em solidão no Rio de Janeiro.

Os membros do comité fizeram um minuto de silêncio em sua homenagem, colocando João Gilberto “entre as pessoas que tiveram impacto na história da música”.

Mas na reunião que aconteceu este fim de semana, o conjunto composto pelo Palácio, Basílica, Convento, Jardim do Cerco e Tapada de Mafra e o Santuário do Bom Jesus, em Braga, receberam a classificação de Património Cultural Mundial da UNESCO.

Os dois monumentos faziam parte “das 36 indicações para inscrição na Lista do Património Mundial”, que estão a ser avaliadas na 43ª Sessão do Comité do Património da UNESCO.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, destacou as distinções da UNESCO a Portugal, que reconhecem a diversidade de dois “magníficos monumentos”, o Palácio Nacional de Mafra e o Santuário do Bom Jesus, em Braga.

O primeiro-ministro António Costa também se congratulou com a inscrição do dos monumentos portugueses na lista do Património Mundial da UNESCO, referindo tratar-se de “mais um motivo de grande orgulho” para Portugal.

Entretanto, também o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, foi integrado na área classificada pela UNESCO como Património Mundial da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, disse à agência Lusa a diretora do Museu, Ana Alcoforado.

O Museu Machado de Castro não foi incluído na área que veio a ser classificada em 2013 por se encontrar em trabalhos de restauro e remodelação na ocasião em que foi apresentada a candidatura do Bem Coimbra, Alta e Sofia a Património da Humanidade.

A intervenção de requalificação do Museu, que decorreu entre e 2004 e 2012, sob responsabilidade do arquiteto Gonçalo Byrne, recebeu o Prémio Piranesi/Prix de Rome, em 2014.

https://www.unescoportugal.mne.pt/pt/

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes