O Museu de Lisboa homenageia José Cardoso Pires exibindo, no dia 29, um filme de Manuel Mozos sobre o escritor, seguido de um debate que abarca também uma exposição de fotografia sobre o autor de “Lisboa, Livro de Bordo”.

A exibição de “José Cardoso Pires – Diário de Bordo”, filme do realizador Manuel Mozos, acontece no âmbito do encerramento de uma exposição de fotografias de Nuno Correia, dedicada ao escritor, patente no Palácio Pimenta, informou o Museu de Lisboa.

Antes disso, no sábado (dia 15), decorreu um debate em torno da mostra fotográfica, com a participação de Ana Cardoso Pires, filha do escritor, dos professores Fernanda Abreu e Marco Neves, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, do livreiro e editor João Pimentel, da Fábula Urbis, e de Nuno Correia, autor das fotografias.

Esta mostra, com curadoria de Carlos Carvalho, inclui fotografias de Lisboa inspiradas na obra “Lisboa, Livro de Bordo”.

O curador explica “O trabalho que Nuno Correia expõe a pretexto do livro “Lisboa – Livro de Bordo”, de José Cardoso Pires, revela-nos um invulgar sentido cinematográfico, não repentista nem descritivo, antes pelo contrário, intimista e reflexivo que sem rejeitar o texto que o pretextou, demonstra a louvável atitude de, perante o livro de Cardoso Pires, optar pelo desenvolvimento pessoal do guião em oposição declarada à opção mais fácil e simplista que seria a ilustração”.

A exposição está patente até dia 1 de março, estando a sessão de encerramento marcada para o dia anterior, com a exibição do filme de Manuel Mozos e um posterior debate, com a presença do realizador, do fotógrafo e do curador da mostra.

“José Cardoso Pires – Diário de Bordo” foi filmado no ano em que o escritor recebeu o Prémio Pessoa (1997), retratando aquele que é considerado um dos grandes autores de língua portuguesa, com um percurso marcado por obras como “O Delfim”, “O Hóspede de Job”, “Anjo Ancorado”, “Jogos de Azar”, “Balada da Praia dos Cães”, “Alexandra Alpha”, “A Cavalo no Diabo” e “De Profundis, Valsa Lenta”.

A vida e a escrita, o cinema, o erotismo e a morte são alguns dos temas deste filme, rodado em Lisboa e na Caparica (o refúgio do escritor), no Outono e Inverno de 1997.

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Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes