Destaque de Tiago Santos
Se a arte do diggin perdura por mais artificial que a inteligência da música dominante possa parecer , é porque se há lição que a humanidade guardou é que só conscientes do passado, damos passos em frente. E se neles construímos o futuro ou simplesmente suamos em passos de dança numa cave ou qualquer clube numa esquina do mundo, são tudo resultados da mesma busca que faz djs e produtores como Luke Una correr o mundo desde meados da década de 80 atrás da batida perfeita. Uma figura da noite e cena musical da louca Manchester, Luke Una criou o
É Soul Cultura , nome de clubbing transformado em selo que se estreou com os nossos já conhecidos TRansmission Towers, e que rouba o nome a um assinatura das edições fotográficas brasileiras, para celebrar a diversidade e o ecletismo na dança e na vida.
Por isso, este novo EP de re-edits se torna tão essencial à vida e aos ouvidos. Pelos clássicos como a extraordinária versão de Jingo de Olatunji , por Manu Dibango com a magia afropsicadélica de King Sunny Adé, pelas raridades proto house para despertar a pista às 5 da manhã, mas porque É Soul , é cultura , é a arte a transformar estes tempos de heróis e inteligências artificiais.