O festival de cinema de Berlim junta três novas produções portuguesas.

Novos filmes de Raul Domingues, Rita Azevedo Gomes e de Adirley Queirós e Joana Pimenta vão participar na secção Fórum do Festival de Cinema de Berlim, juntando-se assim à primeira longa-metragem de Jorge Jácome, anunciada em dezembro.

Em comunicado, a organização do festival que vai acontecer na capital alemã entre 10 e 20 de fevereiro lembra que a seleção para o evento mostra que, “por muito que a pandemia tenha paralisado as vidas das sociedades, realizadores por todo o mundo não perderam nenhuma das suas capacidades de invenção e desejo artístico”.

As novidades agora anunciadas incluem a coprodução luso-brasileira “Mato Seco em Chamas”, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, que a organização do festival rotula de “ficção imbuída de documentário” e que conta uma história passada em 2013, sobre as ações de um grupo de mulheres que assumem o controlo de pequenas redes de tráfico de droga, na periferia de Brasília, depois de os seus companheiros serem presos.

Na mesma secção vai estar também “Terra que marca”, de Raul Domingues, que, tal como as demais produções portuguesas, fará a sua estreia mundial em Berlim.

Em “Terra que marca”, “a câmara percorre o solo, assimilando sulcos, cursos de água e jovens plantas”, segundo a sinopse da Berlinale, que acrescenta: “Pode não ser um idílio rural, mas uma observação tão precisa da matéria exerce uma atração hipnótica”.

De Rita Azevedo Gomes, que assim regressa a Berlim, vai estar na secção Fórum “O trio em mi bemol”, com Rita Durão, Pierre Léon e Ado Arrieta.

Em dezembro, tinha sido anunciado pela Berlinale que os filmes “Super Natural”, do realizador português Jorge Jácome, e “Nada para ver aqui”, de Nicolas Bouchez, com coprodução portuguesa, tinham sido selecionados.

“Super Natural”, com produção da Ukbar Filmes, fará parte do programa Fórum, dedicado a filmes mais experimentais e transversais entre géneros.

Nas curtas-metragens estará o filme “By Flávio”, do realizador português Pedro Cabeleira, enquanto as obras “Aos dezasseis”, de Carlos Lobo, e “Juunt Pastaza entsari”, de Inês T. Alves, estarão na competição “Generation” do festival.

https://www.berlinale.de/en/home.html

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes