Teve ontem lugar uma reunião entre o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa e os representantes das associações e promotores de espetáculos.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se na terça-feira com representantes das associações e promotores de espetáculos, que expressaram as dificuldades que o setor atravessa, por causa da pandemia de covid-19, como a obrigatoriedade de testagem para a realização de eventos.

Rafaela Ribas, responsável da Associação Espetáculo, apontou que a “resposta foi quase imediata” por parte do Presidente da República, após o pedido de reunião com caráter de urgência, lamentando que o mesmo não tenha sido conseguido “após o pedido de reunião” ao primeiro-ministro, António Costa.

As associações de festivais e espetáculos destacam como dificuldades a obrigatoriedade de realização de testes à covid-19 e a “indefinição do que é necessário para realizar eventos” e esperam que no próximo Conselho de Ministros estas regras sejam revistas.

“Esta imposição foi-nos colocada sem que se saibam os resultados dos eventos-piloto e sem que se saiba de qualquer tipo de surto em eventos. Estamos a ficar com as regras agravadas embora os nossos resultados tenham sido sempre ótimos em todos os eventos que aconteceram no último ano”, salientou Rafaela Ribas.

A responsável da Associação Espetáculo vincou que a ‘luta’ tem como objetivo “tentar trabalhar” e apelou ao fim de “dificuldades infundadas e discriminatórias face a outros setores”.

Também Álvaro Covões, da APEFE – Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos, explicou em declarações à agência Lusa que foram transmitidas na reunião com o Presidente da República “as preocupações de um setor que há 16 meses tem a larga maioria dos profissionais e empresas sem um dia de trabalho”.

Álvaro Covões saliento que “face à situação que estamos a viver, criou-se uma ilusão que a cultura trabalha porque há alguns espetáculos em sala, mas é uma ínfima parte” e referiu ainda que a obrigatoriedade de testagem “é discriminatória” ao não ser aplicada noutros setores e “inibidor para quem vai a um espetáculo”.

Uma nova reunião, para daqui a duas semanas, ficou novamente agendada com o chefe de Estado para ser feito “o ponto da situação”, acrescentou Rafaela Ribas, da Associação Espetáculo.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes