A banda apresentou, em setembro, um estudo para reduzir as emissões de CO2 no mundo da música. Já no fim de semana passado leiloou obras de Banksy.

Numa altura em que decorre a COP26 – 26ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Glasgow, é de lembrar que os Massive Attack apresentaram um plano para reduzir as emissões de dióxido de carbono no mundo da música.

Trata-se de um estudo que foi preparado ao longo de vários anos que propõe “uma reorganização urgente e significativa” da indústria musical.

Os Massive Attack juntaram-se ao Tyndall Centre for Climate Change Research, uma organização que junta cientistas, economistas e engenheiros civis, no combate às alterações climáticas.

O estudo realizado em setembro pela banda e pelo instituto propõe “uma reorganização urgente e significativa” da indústria musical.

Entre as mudanças propostas pelos Massive Attack e pelo Tyndall Centre está o fim imediato das viagens em aviões a jato privados, a adoção de meios de transporte elétricos e o fim do uso de geradores a diesel, em festivais, até 2025.

A adoção de modelos “plug and play” por parte das salas de espetáculos, que reduziriam os custos do transporte de equipamento, e a estandardização desse mesmo equipamento por todo o mundo são outras das ideias propostas.

Segundo o estudo, os artistas devem planear as suas digressões tendo em mente a redução das emissões de dióxido de carbono.

Após a divulgação deste estudo, os Massive Attack anunciaram que a sua digressão de 2022 vai ser mais sustentável.

Entretanto, ainda os Massive Attack, mas num outro plano, leiloaram obras de Banksy, que se encontravam na posse de “Daddy G” Marshall.

“I Fought the Law” e “Bomb Middle England”, duas impressões da autoria de Bansky, amealharam mais de 165 mil euros num leilão realizado no sábado, com esse valor a ser doado para fins de caridade. A Temwa e a Aid Box Community, organizações de apoio aos mais desfavorecidos em Bristol e no Malawi, foram as escolhidas.

Mas o que é certo é que o leilão voltou a levantar a velha questão, que se prende com a identidade de Bansky – que muitos creem ser o colega de “Daddy G” nos Massive Attack, Robert del Naja..

Del Naja já rejeitou por diversas vezes essa teoria, dizendo que “seria uma boa história, mas lamentavelmente não é verdadeira”.

Fonte: Blitz

Liliana Teixeira Lopes