Destaque de Rute Correia

Mais do que um intérprete exímio, Kiwanuka amadureceu e fez-se um dos melhores escritores de canções que o Reino Unido viu nos últimos anos. Ao terceiro álbum, o deslumbre é talvez ainda mais profundo. Evangelho pessoal em que a subtileza do som contrasta com a força das palavras, este terceiro álbum de Kiwanuka – de modo certeiro rotulado à medida do seu nome – é um dos grandes discos do ano. De raízes bem entranhadas na Soul, mas com uma visão própria, o álbum é uma colecção de canções inesquecíveis que nos levam a outros tempos e a outras paisagens, para visitarmos aquelas emoções que não conhecem tempo nem espaço. Aquelas que nos unem a todos, porque são universais.