Seis álbuns e mais de 70 singles depois do início da sua carreia, Missy Elliott garantiu a sua entrada no Songwriters Hall of Fame. A artista do estado da Virgínia é apenas a terceira figura ligada ao hip-hop a consegui-lo, depois de Jay-Z e Jermaine Dupri terem assegurado o seu lugar em 2017.

O Songwriters Hall of Fame distingue anualmente artistas de performance, produtores e compositores em nome individual e em pares. Os critérios são particularmente exigentes: os artistas só podem assegurar o seu lugar na lista de potenciais indigitados apenas 20 anos depois de garantirem o seu primeiro hit; 20 anos esses que devem comprovar uma carreira com vários êxitos.

Missy Elliott lançou o seu disco de estreia “Supa Dupa Fly” em 1997, mas só em 1999 chegaria ao top 5 norte-americano com o single “Hot Boyz”. Desde então, lançou mais cinco álbuns de estúdio (todos eles chegaram à marca de platina nos EUA) e colecionou singles de sucesso, como “Get Your Freak On”, “Lose Control” ou “Work It”. Depois de várias complicações de saúde, acabaria por retirar-se dos palcos durante quase uma década, tendo voltado a lançar singles em nome próprio em 2015.

Além de Missy Elliott, também o produtor de R&B Dallas Austin viu o seu legado reconhecido. Austin foi responsável por êxitos como “The Boy is Mine” de Brandy e Monica ou “Creep” de TLC. Ao longo da sua carreira, compôs e produziu para artistas de peso como Aretha Franklin, George Clinton, Michael Jackson ou Grace Jones, entre muitos outros.

A lista completa de condecorados no Songwriters Hall of Fame este ano inclui ainda Tom T. Hall, John Prine, Jack Tempchin e Yusuf/Cat Stevens. Este é o primeiro ano com Nile Rodgers à frente do certame. Aquando da divulgação dos premiados, o músico sublinhou a importância das canções assinadas por cada um deles, explicitando que a classe de 2019 reúne um grupo heterogéneo, cujo trabalho transformou literalmente a música abrindo portas para a realidade de hoje em dia.

A cerimónia de entrega das honras acontecerá a 13 de Junho, no Marriott Marquis Hotel, em Nova Iorque.

João Barros

Fonte: SHOF