A escritora morreu esta segunda-feira, tinha 96 anos.

Liliana Teixeira Lopes

Agustina Bessa-Luís morreu esta segunda-feira aos 96 anos. A escritora encontrava-se em sua casa, no Porto, e terá sido vítima de doença prolongada. A informação foi avançada esta manhã à TSF por Isabel Rio Novo, a biógrafa não-autorizada da escritora.

Agustina Bessa-Luís, cujo verdadeiro nome era Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa nasceu em Vila Meã, Amarante, em 1922, e editou mais de 50 títulos, entre romances, contos, peças de teatro, biografias romanceadas, crónicas de viagem, ensaios e livros infantis.

Muitas das suas obras estão traduzidas em diferentes idiomas e algumas adaptadas ao cinema, nomeadamente por Manoel de Oliveira.

Foi agraciada com inúmeros prémios, como o Prémio Eça de Queirós (1954), Prémio Nacional de Novelística (1967), Prémio D. Diniz (1981) Grande Prémio Romance e Novela (1983 e 2001) e Prémio Camões (2004). Foi também distinguida com a Ordem de Santiago da Espada (1980) e Officier de l’Ordre des Arts e des Lettres, atribuído pelo governo francês (1989).

Recebeu três doutoramentos “Honoris Causa”, pela Universidade Lusíada, Universidade do Porto (ex-aequo com Eugénio de Andrade) e Tor Vergata, de Roma.

2018, o “Ano da Agustina”, terminou com a atribuição do doutoramento ‘Honoris Causa’ à escritora, em Vila Real, a primeira mulher a ser distinguida com este título honorífico pela UTAD. A homenagem pela UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro a Agustina Bessa-Luís partiu de um desafio lançado pelo presidente do Conselho Geral da universidade, Silva Peneda.

Alguns dos seus romances, como “O princípio da incerteza” ou “Vale Abraão” são passados no Douro.

Agustina Bessa Luís morreu hoje, aos 96.  A missa de corpo presente realiza-se esta tarde, a partir das 16h00, na Sé do Porto. O funeral acontece amanhã, terça-feira, no Peso da Régua.

Fonte: TSF/Sapo Mag