Aquele museu de Paris, vai receber em 2022 uma exposição dedicada à pintura antiga portuguesa, centrada em 15 obras provenientes do Museu Nacional de Arte Antiga, de Lisboa.

Sob o título “L´Age D´or de la Renaissance Portugaise” (“A idade de Ouro do Renascimento Português”, em tradução livre), a exposição decorre entre 10 de junho e 10 de setembro, na Ala Richelieu do Museu do Louvre, o mais visitado do mundo.

A mostra, que se realiza no âmbito da Temporada Cruzada Portugal-França, de diplomacia cultural entre os dois países, irá apresentar cerca de 15 pinturas cedidas pelo Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, através de uma parceria.

Com comissariado de Charlotte Chastel-Rousseau, conservadora do departamento de pintura do museu parisiense – o maior museu de arte do mundo, instalado num monumento histórico, em Paris – a exposição baseia-se numa colaboração científica entre aquele departamento e o museu português.

Os visitantes do Louvre “poderão conhecer a pintura requintada e maravilhosamente executada” de artistas como Nuno Gonçalves (ativo 1450-antes de 1492), Jorge Afonso (ativo 1504-1540), Cristóvão de Figueiredo (ativo 1515-1554) e Gregorio Lopes (ativo 1513-1550), avança o museu.

Desde a exposição de 1930, no Jeu de Paume, em Paris, sobre a arte portuguesa da época dos Descobrimentos, e as mais recentes exposições em França (“Sol e Sombras: Arte Portuguesa do século XIX”, em Paris, no Musée du Petit Palais, em 1987, e Rouge et Or. Trésors du Portugal Barroco”, também na capital parisiense, no Museu Jacquemart-André, em 2001), que “este período privilegiado do Renascimento português” não era abordado, recorda ainda o museu francês.

A mostra está inserida na programação da Temporada Cruzada entre França e Portugal, iniciativa de diplomacia cultural criada com o objetivo de aprofundar as relações entre os dois países, e que vai ser levada a cabo entre fevereiro e outubro de 2022, com exposições, espetáculos e outros eventos, com curadoria do encenador Emmanuel Demarcy-Mota, a par de Manuela Júdice e Victoire Bigedain Di Rosa, no comissariado-geral.

Fonte: Lusa

Liliana Teixeira Lopes